"Os mandados judiciais, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal após requerimento da Procuradoria-Geral da República, foram cumpridos no Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul", lê-se numa nota divulgada pelas autoridades brasileiras.

As autoridades policiais não detalharam os nomes dos detidos, mas a imprensa local afirma num caso tratar-se de Robson Calixto da Fonseca, ex-assessor de Domingos Brazão, funcionário do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, este detido desde 24 de março.

O Ministério Público acusa Brazão e o seu irmão, o deputado federal José 'Chiquinho' Brazão, de serem os mandantes do assassínio de Marielle Franco, ocorrido em 14 de março de 2018 no centro do Rio de Janeiro.

O Ministério Público acusa o ex-chefe da Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa de também ser mandante do assassinato de Franco.

Tal como os irmãos Brazão, Barbosa foi detido na operação de 24 de março.

De acordo com o jornal o Globo, o outro suspeito hoje em prisão preventiva é Ronald Alves de Paula, considerado o ex-chefe de um grupo de milicianos que atua no bairro de Muzema, na zona oeste do Rio de Janeiro.

De acordo com as investigações, o atentado contra Marielle Franco, no qual também foi morto Anderson Gomes, o motorista do veículo em que ela viajava, teve clara motivação política.

Na altura, Domingos Brazão era também vereador na capital fluminense.

Segundo a polícia, Brazão teria ligações a grupos de milicianos que dominam violentamente alguns bairros do Rio.

Marielle Franco e Domingos Brazão tinham um diferendo sobre a regularização de terrenos na cidade.

Marielle Franco era filiada ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), tinha 38 anos, era negra, lésbica, nascida numa favela e toda a sua atividade política era dedicada à defesa dos direitos humanos e à luta contra os grupos que controlam as favelas populares do Rio de Janeiro.

MIM // ANP

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